Olá, hoje vou listar algumas diferenças existentes entre Portugal e Espanha, mais concretamente Lisboa e Valladolid. Contudo, não tenho o objetivo de eleger uma cidade campeã, apenas acho curioso e interessante ver as diferenças entre dois países vizinhos. Para acompanhar estão fotografias tiradas por mim, de Valladolid.
Cidade Plana
Habituado a uma cidade cheia de subidas e descidas, chegado a Valladolid é estranho não encontrar nenhuma. Esta é uma cidade plana, o que em certo ponto é melhor, porque podemos andar mais tempo sem nos cansarmos.
Aventurei-me e parti rumo ao desconhecido!
Depois de muito tempo a tratar de papelada e a procurar informação, mais precisamente 9 meses, estou oficialmente em terras de nuestros hermanos, ou seja, Espanha.
Cheguei no dia 1 de setembro e esperei este tempo todo para publicar porque queria ambientar-me à cidade, Valladolid.
Valladolid, é uma cidade com pouco mais de 300 mil habitantes que se localiza na comunidade autónoma de Castela e Leão. A sua universidade pública foi fundada no século XIII, tornando-se assim uma das mais antigas do mundo.
Fui recebido, literalmente, em festa pela cidade porque aconteceram as Festas da Virgen de San Lorenzo de 1 a 10 de setembro, o que me fez conhecer Valladolid mais a fundo. Estas festas podem equiparar-se aos Santos Populares em Portugal.
A partir de agora irei dar-vos a conhecer um pouco desta pequena cidade, explorando museus, visitando parques, passeando pelas ruas e claro falando da minha experiência na faculdade.
Lê agora a segunda parte desta história, se ainda não leste a primeira podes fazê-lo aqui.
Atenção que este utiliza linguagem ofensiva e de baixo nível, portanto aconselho que as pessoas mais sensíveis não o leiam.
Conhece mais sobre esta história em Match!.
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Eram 11h30 quando Marco acordou, apesar de ter ficado até tarde na discoteca, nunca gostava de ficar na cama muito tempo, para ele existiam coisas mais importantes do que ficar a procrastinar. Levantou-se, abriu os estores e contemplou a bela paisagem que tinha até ao horizonte. A campainha tocou, como estava sozinho em casa, vestiu um robe para não abrir a porta apenas de boxers. Quando a abriu ficou em choque ao ver Rita à sua frente, ela aproximou-se e juntou os seu lábios ao pescoço dele, Marco estava paralisado sem saber o que fazer, com uma mão, ela agarrou-lhe o cabelo e com a outra foi descendo pelos seus abdominais, calmamente os seus lábios foram subindo em direção aos dele, de repente um som estridente ...
Marco despertou todo suado com o som do despertador, olhou para o relógio, nem 10h eram, aquele sonho tinha-o deixado com tesão. Levantou-se e foi passar o corpo por água. Quando regressou ao quarto, vestiu-se e pegou no smartphone para ver as notificações.
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> 63 novas mensagens por ler em Match!
> 12 novos mega-gostos em Match!
> Gonçalo: 4 mensagens
> Rafael: Tens a certeza que não queres ...
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Marco abriu primeiro as mensagens dos seus amigos e só se conseguiu rir, o Rafael queria saber se ele não estava mesmo interessado em juntar-se a ele e ao Gonçalo na festa com a Sol e a Maria, as mensagens de Gonçalo era ele bêbado a fazer juras de que nunca mais iria beber álcool e a cantar "Bang" da Anitta.
Marco, Gonçalo e Rafael, apesar das distintas personalidades, eram amigos verdadeiros, conheciam-se melhor que ninguém, andavam juntos desde o infantário, sabiam medos, segredos e desejos uns dos outros.
Curioso resolveu abrir a aplicação, mais de metade das mensagens era com o grupo da Sol, mas outras eram grupos novos. Tinha também gostos de várias raparigas.
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« Alma e 2 amigos »
Jéssica: Olá rapazes ...
Daniela: Aqui a nossa amiga Alma é estudante Erasmus e quer conhecer pessoal português ...
Rafael: Olá meninas, Rafael ao dispor para guia pessoal e aprofundamentos da língua
Alma: Ola chicos, qué tal?
Rafael: Hola guapa, muy bien ¿y tú?
Alma: Falamonos em portugués, quiero praticar. Mas estoy bem.
Rafael: Se quiseres posso ajudar-te nisso, a custo zero. Queres?
Gonçalo: Oi, tudo bem? Querem combinar um lanche ou assim pela Baixa um dia destes?
Jéssica: Se o teu amigo Marco vier, aceito ...
(...)
Marco: Olá, desculpem, não dá ... Tenho aulas de condução!
---
No segundo seguinte recebeu duas mensagens muito semelhantes do Rafael e do Gonçalo a chamarem-lhe aldrabão e mentiroso, visto que ele já tinha a carta há quatro anos.
Como eles só iam ter com a Sol e a Maria durante a tarde, Marco convidou-os para irem almoçar lá a casa, pois não queria comer sozinho, os pais estavam a trabalhar, a sua irmã mais nova nas aulas de equitação e o irmão, dois anos mais velho, tinha ficado a dormir em casa da namorada.
Enquanto esperava por eles ligou a televisão para fazer som, mas com curiosidade abriu a aplicação porque havia mais um grupo.
---
« Ivy e Jonathan »
Rafael: Hi ... How are you?
Ivy: Olá, podes falar em português. Moramos cá desde pequenos.
Jonathan: Oi ...
Gonçalo: Olá, o que procuram aqui?
Jonathan: Somos um casal em busca de uma experiência diferente. Procuramos um, dois ou três rapazes para se juntarem a nós
Ivy: Algum de vocês alinha?
Rafael: Foda-se! Querem uma orgia?
Jonathan: Podes chamar-lhe isso se quiseres ...
Gonçalo: E o que teríamos de fazer? Ou seja, Ivy só te podemos fuder a ti?
Ivy: Não ...
Gonçalo: Agora fiquei mais interessado! Conta
Jonathan: Eu sou bi e podem fazer comigo o que quiserem ...
Ivy: Com os dois, amores
Rafael: Bem ... eu alinho, mas apenas fodo a Ivy! O Gonçalo trata dos dois
Gonçalo: E com vigor!
Jonathan: Quando podem?
(...)
Marco: Eu estou fora, mas divirtam-se!
---
Passou meia hora quando eles chegaram entre festejos, traziam nas mãos duas garrafas de litro com cerveja para acompanhar ao almoço.
- Vocês desde que instalaram aquela merda de aplicação agora fodem todos os dias! - Constatou Marco incrédulo.
- Bem ... antes também acontecia! - Respondeu Rafael entre risadas. - Em breve tenho de comprar um segundo caderno para continuar a apontar os nomes das gajas e essas cenas.
- O caderno que iria destruir muitas relações ... - Frisou Gonçalo.
- Eu não tenho culpa que elas sejam umas putas que gostem de por os cornos aos namorados, eu sou solteiro ... e bom rapaz! - Contestou Rafael com um sorriso.
- Tem é cuidado, senão um dia destes és pai de meio mundo! - Avisou Marco.
- Foda-se! Tá calado, mano. Aqui o Rafa Júnior anda sempre protegido, achas que eu quero filhos ou apanhar alguma cena? Elas bem querem ao natural, mas isso é só quando vêm aqui com a boquinha ... - Respondeu enquanto agarrava com a mão as suas partes intimas, por cima da roupa.
- Oh que caralho ... Não me queres dizer também quantos bicos é que te fizeram esta semana? - Ironizou Gonçalo.
- Bem ... já perdi a conta, mas se quiseres depois digo-te. - Riu-se Rafael. - Mas mudemos de assunto, então Marquinho como anda a nossa Ritinha? - Nesse preciso momento Marco que estava com um prato na mão deixou-o cair, os outros dois começaram-se a rir da situação.
- A situação é séria! Foda-se, até te para o coração. Quando vais falar com ela? - Inquiriu Gonçalo.
- Podemos mudar de assunto? Não quero falar dela! - Afirmou Marco. - E não é nossa Ritinha! Nem tentes tocar-lhe com um dedo que seja. - Avisou virando-se para Rafael.
- Relaxa mano! Para mim ela é gajo. Ela é a tua miúda, respeito muito a nossa amizade. - Respondeu Rafael puxando Marco para um abraço. Gonçalo juntou-se a eles e gozou com a situação.
- Ai que gostosinho! Um dia destes ... - Começou ele, mas rapidamente foi interrompido por Rafael.
- No dia em que as vacas ganharem asas, as galinhas dentes e eu tiver completamente sem noção.
- Não sejas assim, dá cá uma beijoca! - Gozou Gonçalo com a situação enquanto tentava dar um beijo na cara de Rafael.
Marco metia as mãos na barriga com tanta gargalhada que dava, eles eram mesmo um trio muito especial e que nada nem ninguém podia separar.
Irá Marco ganhar coragem para se declarar a Rita?
Marco, Gonçalo e Rafael, apesar das distintas personalidades, eram amigos verdadeiros, conheciam-se melhor que ninguém, andavam juntos desde o infantário, sabiam medos, segredos e desejos uns dos outros.
Curioso resolveu abrir a aplicação, mais de metade das mensagens era com o grupo da Sol, mas outras eram grupos novos. Tinha também gostos de várias raparigas.
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« Alma e 2 amigos »
Jéssica: Olá rapazes ...
Daniela: Aqui a nossa amiga Alma é estudante Erasmus e quer conhecer pessoal português ...
Rafael: Olá meninas, Rafael ao dispor para guia pessoal e aprofundamentos da língua
Alma: Ola chicos, qué tal?
Rafael: Hola guapa, muy bien ¿y tú?
Alma: Falamonos em portugués, quiero praticar. Mas estoy bem.
Rafael: Se quiseres posso ajudar-te nisso, a custo zero. Queres?
Gonçalo: Oi, tudo bem? Querem combinar um lanche ou assim pela Baixa um dia destes?
Jéssica: Se o teu amigo Marco vier, aceito ...
(...)
Marco: Olá, desculpem, não dá ... Tenho aulas de condução!
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No segundo seguinte recebeu duas mensagens muito semelhantes do Rafael e do Gonçalo a chamarem-lhe aldrabão e mentiroso, visto que ele já tinha a carta há quatro anos.
Como eles só iam ter com a Sol e a Maria durante a tarde, Marco convidou-os para irem almoçar lá a casa, pois não queria comer sozinho, os pais estavam a trabalhar, a sua irmã mais nova nas aulas de equitação e o irmão, dois anos mais velho, tinha ficado a dormir em casa da namorada.
Enquanto esperava por eles ligou a televisão para fazer som, mas com curiosidade abriu a aplicação porque havia mais um grupo.
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« Ivy e Jonathan »
Rafael: Hi ... How are you?
Ivy: Olá, podes falar em português. Moramos cá desde pequenos.
Jonathan: Oi ...
Gonçalo: Olá, o que procuram aqui?
Jonathan: Somos um casal em busca de uma experiência diferente. Procuramos um, dois ou três rapazes para se juntarem a nós
Ivy: Algum de vocês alinha?
Rafael: Foda-se! Querem uma orgia?
Jonathan: Podes chamar-lhe isso se quiseres ...
Gonçalo: E o que teríamos de fazer? Ou seja, Ivy só te podemos fuder a ti?
Ivy: Não ...
Gonçalo: Agora fiquei mais interessado! Conta
Jonathan: Eu sou bi e podem fazer comigo o que quiserem ...
Ivy: Com os dois, amores
Rafael: Bem ... eu alinho, mas apenas fodo a Ivy! O Gonçalo trata dos dois
Gonçalo: E com vigor!
Jonathan: Quando podem?
(...)
Marco: Eu estou fora, mas divirtam-se!
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Passou meia hora quando eles chegaram entre festejos, traziam nas mãos duas garrafas de litro com cerveja para acompanhar ao almoço.
- Vocês desde que instalaram aquela merda de aplicação agora fodem todos os dias! - Constatou Marco incrédulo.
- Bem ... antes também acontecia! - Respondeu Rafael entre risadas. - Em breve tenho de comprar um segundo caderno para continuar a apontar os nomes das gajas e essas cenas.
- O caderno que iria destruir muitas relações ... - Frisou Gonçalo.
- Eu não tenho culpa que elas sejam umas putas que gostem de por os cornos aos namorados, eu sou solteiro ... e bom rapaz! - Contestou Rafael com um sorriso.
- Tem é cuidado, senão um dia destes és pai de meio mundo! - Avisou Marco.
- Foda-se! Tá calado, mano. Aqui o Rafa Júnior anda sempre protegido, achas que eu quero filhos ou apanhar alguma cena? Elas bem querem ao natural, mas isso é só quando vêm aqui com a boquinha ... - Respondeu enquanto agarrava com a mão as suas partes intimas, por cima da roupa.
- Oh que caralho ... Não me queres dizer também quantos bicos é que te fizeram esta semana? - Ironizou Gonçalo.
- Bem ... já perdi a conta, mas se quiseres depois digo-te. - Riu-se Rafael. - Mas mudemos de assunto, então Marquinho como anda a nossa Ritinha? - Nesse preciso momento Marco que estava com um prato na mão deixou-o cair, os outros dois começaram-se a rir da situação.
- A situação é séria! Foda-se, até te para o coração. Quando vais falar com ela? - Inquiriu Gonçalo.
- Podemos mudar de assunto? Não quero falar dela! - Afirmou Marco. - E não é nossa Ritinha! Nem tentes tocar-lhe com um dedo que seja. - Avisou virando-se para Rafael.
- Relaxa mano! Para mim ela é gajo. Ela é a tua miúda, respeito muito a nossa amizade. - Respondeu Rafael puxando Marco para um abraço. Gonçalo juntou-se a eles e gozou com a situação.
- Ai que gostosinho! Um dia destes ... - Começou ele, mas rapidamente foi interrompido por Rafael.
- No dia em que as vacas ganharem asas, as galinhas dentes e eu tiver completamente sem noção.
- Não sejas assim, dá cá uma beijoca! - Gozou Gonçalo com a situação enquanto tentava dar um beijo na cara de Rafael.
Marco metia as mãos na barriga com tanta gargalhada que dava, eles eram mesmo um trio muito especial e que nada nem ninguém podia separar.
Irá Marco ganhar coragem para se declarar a Rita?
"Somos todos UM: serve este espaço para dar a conhecer pessoas e suas paixões através da expressão artística, sob qualquer vertente.
Aqui, reúnem-se paixões indiferenciadas porque todas reconhecem apenas aquilo que verdadeiramente somos: essência."
Apresento-vos um novo projeto, muito recente ainda, do qual eu tenho o privilégio de fazer parte. SPREAD LOVE é uma galeria digital onde se apresentam vários tipos de arte.
Visita e conhece esta nova forma de divulgar a arte. Depois diz-me o que achaste!
Os Aurora, a banda composta por David Guimarães, João Carrasqueira, Tiago Araújo e Eduardo Monteiro tem dado que falar depois do lançamento do álbum "Grita" e dos concertos um pouco por todo o país.
Donos de uma energia contagiante, simpáticos, divertidos e muito cúmplices, deixo-vos a entrevista realizada a este grupo com uma vontade imensa em inovar a música portuguesa ...
Donos de uma energia contagiante, simpáticos, divertidos e muito cúmplices, deixo-vos a entrevista realizada a este grupo com uma vontade imensa em inovar a música portuguesa ...
Antes de mais, devo dizer que não costumo abordar temas assim tão rapidamente, contudo este é um assunto que me está a mexer com os nervos e em vários sentidos.
Recentemente uma apresentadora de uma estação televisiva portuguesa trouxe à praça pública o problema da diferença entre o caderno de atividades de "rapazes" e "meninas" lançado pela Porto Editora.
Sinceramente concordo com o facto de não ser necessário distinguir entre géneros, acho até ridícula a diferença do nível de dificuldade para "rapazes" e "meninas", no entanto parece-me exagerada a situação de quererem obrigar a editora a retirar os manuais. Não gostam, não compram, existem mil e um tipos de livros de exercícios para crianças e jovens.
Proibir a venda dos livros é censura! Seja considerado algo positivo ou não. Acho muito mais vantajoso não obterem lucro com o livro do que serem obrigados a parar a venda.
Seria muito mais educativo se ambas as partes chegassem a acordo e na próxima edição já não existisse esta separação por género.
E se querem entrar na censura, encerrem também o Correio da Manhã, a TV Guia e outras revistas que são uns especialistas em mentiras e a distorcer a verdade.
Sobre a igualdade de género em Portugal, muito trabalho ainda precisa de ser feito, apesar de estarmos lentamente a melhorar, como por exemplo com a implantação da medida de existir 33,3% de mulheres nos quadros das empresas, claro que ainda se tem de equilibrar ordenados e ajustar as leis.
No entanto, acho engraçado que algumas pessoas só abordem a situação da igualdade da mulher com o homem e que se esqueçam que existem coisas que as mulheres beneficiam que os homens não. Se querem rumar a uma igualdade (e espero que um dia seja possível) existem tópicos que também têm de ser disponibilizados para os homens:
- Peças de roupa, dando um exemplo, acho completamente injusto que a Primark tenha à venda uma vasta coleção de roupa feminina do Harry Potter (algo unissexo) e para homem não exista nada. Ou então, por exemplo a Hello Kitty, podem existir meninos que gostem da gata cor de rosa. Se querem igualdade é justo que nestas marcas internacionais criem peças ou padrões semelhantes para ambos os sexos.
- Bonecas para rapazes! Se uma rapariga brincar com carrinhos não há problema porque é considerada maria-rapaz, o mesmo já não acontece com um rapaz, porque se brincar com bonecas é porque têm algum traço afeminado. Se querem igualdade, quebrem tabus!
- Discotecas, qual a justiça de um rapaz/homem pagar 12€ para entrar e uma rapariga/mulher não pagar (geralmente até à 01h30)? Igualdade seria das duas uma, ou os homens não pagavam ou as mulheres pagavam o mesmo, assim era justo.
Aborrece-me estas coisas de exigirem igualdade só quando querem e lhes dá jeito para se promoverem, a igualdade não é uma carta que ora se joga ou não.
Queiram igualdade sim, mas não a censura. Lutem pela igualdade, mas com direito à liberdade de expressão pessoal. Desejem a igualdade, mas como algo bom a nível mundial, não como algo que vos trará benefícios pessoais.
Acredito que muita gente não concorde com a minha visão, no entanto peço educação caso comentem, obrigado.
"Poucas pessoas são capazes de expressar com equanimidade opiniões que diferem dos preconceitos do ambiente social delas." - Albert Einstein
Quais as perguntas? Quais as respostas?
Descobre tudo dia 27 às 10h, aqui no blog!
Editora: Chiado Editora (Parceria)
Páginas: 353
Ano de Lançamento: 2016
ISBN: 978-989-51-7178-1
Uma das melhores histórias que li este ano. Independentemente daquilo que queremos na vida uma coisa é certa ... todos procuramos amor!
Começa hoje um novo conto. Atenção que este utiliza linguagem ofensiva e de baixo nível, portanto aconselho que as pessoas mais sensíveis não o leiam.
Conhece mais sobre esta história em Match!.
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- Foda-se, vocês são chatos! Ok, eu instalo essa merda. - Cedeu Marco após uma semana de insistência por parte dos seus melhores amigos, Rafael e Gonçalo.
Após descarregar a aplicação para o smartphone, bastou conectar com a conta da rede social e logo um perfil com o seu nome foi criado, depressa formaram um grupo para começarem a distribuir gostos.
- Finalmente mano! - Festejou Rafael. - Agora já podemos sacar umas gajas ...
- Ou gajos! - Interrompeu Gonçalo. Marco começou a rir, enquanto Rafael protestava.
- Oh caralho, tu vê lá ... - Avisou ele. - O único aqui que está disponível para esse lado és tu.
Gonçalo para o provocar fez-lhe uma festa na cara, depois todos se riram.
- Mano, mas isso não significa que se aparecer uma miúda toda boa, fique para ti! Também gosto de um bom par de mamas nas minhas mãos. - Fantasiou Gonçalo enquanto com as mãos fingia que as apalpava.
Marco olhou para o relógio e viu que já estavam atrasados para a aula, apesar de ser com o professor que todos detestavam e da cadeira ser extremamente aborrecida, só pela forma como ele explicava, correram desde o café central da faculdade até à porta do anfiteatro.
Quando lá chegaram e abriram a porta ficaram aliviados ao perceberem que o homem ainda não tinha chegado, pela primeira vez ele estava atrasado. Marco lembrou-se que tinha deixado o caderno no cacifo e foi buscá-lo, Rafael e Gonçalo ficaram na sala, para justificar o atraso do amigo.
Ao chegar ao cacifo, com a pressa, nem se lembrou que tinha tudo empilhado e ao abrir a porta todos os livros e cadernos caíram ao chão.
- Merda! Merda! Merda! - Resmungou irritado, enquanto se baixava para apanhar o material.
- Precisas de ajuda? - Perguntou uma voz suave. Quando este viu que era a sua crush, a única rapariga que o conseguia deixar sem reações, levantou-se muito rápido e bateu com a cabeça na porta do cacifo, fazendo-o praguejar entre dentes. - Estás bem? - Perguntou rindo-se. - Se calhar precisas de gelo ...
- Eu estou bem ... - Respondeu enquanto massajava a cabeça. - Eu ... eu apenas ... eu ... estou uns minutos atrasados para a aula. - Disse à medida em que ia apanhando todo o material.
- Ele hoje não vem! Não viste o papel no Departamento? - Questionou admirada.
Marco abanou a cabeça negativamente e depois fugiu para junto dos seus amigos, onde voltava a ser um rapaz normal.
Depois de avisar o resto da turma que o professor não vinha, Marco contou tudo o que tinha acontecido aos seus amigos, eles obviamente gozaram com ele.
De repente, os smartphones dos três receberam notificações, Rafael foi o primeiro a ver e a festejar por terem recebido alguns mega-gostos de vários grupos.
- Manos, vejam estas duas gostosas ... foda-se, pinava já! - Disse Rafael iniciando conversa.
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« Sol e Maria »
Rafael: O que fazem duas bonecas perdidas aqui?
Maria: Procuramos alguém com quem brincar ...
Rafael: Eu gosto de brincar!
(...)
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- Caralho, as gajas querem fruta! - Festejou Rafael.
- Agora não quero miúdas fáceis ... - Revelou Marco. - Eu estou noutra.
- Ai a Ritinha! - Provocou Gonçalo.
- És um conas! Em vez de te agarrares à febra não ... - Começou Rafael, sendo interrompido.
- Olha a merda que dizes, respeito com a miúda! - Avisou Marco.
- Mano, só te estou a dizer que o homem é um canibal por natureza, se o bife for bom melhor ... - Concluí-o Rafael o seu pensamento.
Ao mesmo tempo, Gonçalo começava uma nova conversa.
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« Filipe e 3 amigos »
Gonçalo: Olá! Que fazem por aqui?
Joana: Olá, tudo bem?
Inês: Procuramos pessoas para irmos sair.
Rafael: Estou aqui minha jóia!
Gonçalo: Mano, dás logo assim em cima da miúda? Nem sabes se algum dos rapazes é o seu boy.
Filipe: Olá rapazes ...
Joana: Bem ... eu e o Paulo somos namorados.
Paulo: E não queremos experimentar nada com outras pessoas ... Olá
Rafael: Tua dama, não olho! E tu Inês, andas com o Filipe?
Marco: Oi
Inês: Eu estou livre ...
Filipe: E eu sou gay!
Gonçalo: S2
Rafael: Querem ir a uma discoteca esta noite?
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As conversas duraram a tarde toda, nem Rafael ou Gonçalo prestaram atenção ao resto das aulas, Marco por sua vez trocava alguns olhares com Rita, mas sempre que ela olhava para ele, este desviava o olhar, contudo ia tirando apontamentos, a época de testes estava-se a aproximar.
No fim das aulas, Marco ao ligar a internet ficou de boca aberta a olhar para a quantidade de mensagens que tinha por ler, desistiu e pediu-lhes um resumo.
Para aquela noite combinaram uma saída com o grupo do Filipe, iam todos beber uns copos e dançar um bocado na discoteca e no dia seguinte, o Rafael e o Gonçalo iam encontrar-se com a Sol e a Maria.
Antes de saírem da faculdade foram beber um café e qual não foi a surpresa do Marco ao encontrar a Rita na fila que timidamente lhe esboçou um sorriso.
Nessa noite, o espanto psicológico de Marco foi enorme, apesar dos dois grupos só se conhecerem há umas horas, estavam a dar-se muito bem, parecia que já se conheciam há imenso tempo. A meio da festa o casal de namorados dançava agarrado, Rafael roçava-se em Inês e o Gonçalo e o Filipe beijavam-se enquanto abanavam os seus corpos, várias vezes desapareceram da pista. Marco apenas curtia o som.
O que acharam deste inicio? Será Marco capaz de começar a falar com Rita?
Foi no dia 03 que os ÁTOA atuaram no Forum Sintra Summer Sound by MTV. Quase duas horas de música onde todo o público fez uma viagem no tempo até à época dos Morangos.
Cada um com o seu estilo muito próprio, conseguem reunir um público de vários gostos e idades. Apesar de não conhecer muitas músicas, notei que este grupo já tem uma claque de fãs bem fervorosa.
Para este dia resolvi trazer algo mais pessoal, alguns factos curiosos sobre mim. Conheçam um pouco mais sobre mim ...
01. Nasci no dia 29 de fevereiro de 1996.
Quando não há, maior parte das vezes, festejo a dia 1 de março.
02. Não gosto de dormir.
Apesar de ser importante para o corpo acho uma perda de tempo.
03. Tenho o nível B1.2 de espanhol.
Tirei um curso por causa do Erasmus.
04. Tenho uma marca de varicela no nariz.
Tanto cocei a borbulha, quando era pequeno, que fiquei com uma marca.
05. Odeio levar vacinas.
Apesar de também serem importantes porque previnem doenças, a agulha é uma inimiga mortal.
06. Tenho misofonia.
Intolerância a certos sons, como pessoas a mastigar, o clique das canetas, espirros, torneiras a pingar, etc.
07. A minha coleção de livros conta com mais de 200 exemplares.
Viciado em ler, não tenho culpa ...
08. Detesto filas.
Se a fila está muito grande e eu puder resolver a situação noutro dia, não vou esperar.
09. Não bebo álcool.
Não sinto necessidade de consumir tal coisa.
10. Tenho um grave problema com tabaco!
Caso fumem ao pé de mim vou ficar com os olhos vermelhos, cheio de tosse e se for em excesso com vontade de vomitar. Tenho "o dom" de detetar o cheiro a longas distâncias.
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Tens algum facto curioso sobre ti?
Utiliza também as redes sociais com a hastag #sunparty17 e não te esqueças de participar no passatempo (aqui).
Hoje apresento-vos cinco músicas que me fazem sempre dançar, toquem onde tocarem. Elas não estão por ordem e nem todas fazem parte das minhas favoritas atualmente, mas se ouço vou dançar.
Qual a tua música para este verão?
Partilha-a nas redes sociais utilizando a hastag #sunparty17 e não te esqueças de participar no passatempo (aqui).
Sejam bem-vindos aos Lupa Awards 2017.
Estes prémios pretendem homenagear quatro áreas base, sendo elas, Livros, Filmes, Música e Viagens.
Quem escolhe os vencedores são vocês! Ao votarem estão a ajudar os vossos favoritos a ganhar, mas vocês também podem ganhar ...
Em parceria com a Chiado Editora, vou oferecer um exemplar do livro "O Diário de Bella" de Filipa M. Gonçalves. (ler: Resenha do livro)
Caso não queiras participar, poderás votar à mesma nos teus favoritos.
Regressa, pela primeira vez neste blog, a festa mais quente da blogosfera.
A ideia é simples e clara, publicar todos os dias do mês de agosto num ambiente divertido de verão.
Já existem diversos desafios idênticos na blogosfera, mas este será completamente diferente! Esta festa do sol irá ter muita música, livros, vídeos, filmes, viagens, Fragmentos de Vidas e muito mais que não vão querer perder ...
Contudo, este ano será diferente dos anteriores, nesta edição existirão as semanas coloridas e os dias especiais.
Quase dois anos e meio depois, o primeiro convidado regressa ao Fragmentos de Vidas (ver primeira entrevista), para partilhar mais momentos da sua vida. O que mudou? O que se mantém?
Esta conversa foi o regresso à origem!
Após o pedido de remoção da entrevista, realizado pelo entrevistado, decidi eliminar todas as fotografias e nomes relativos à pessoa, deixando as perguntas e respostas que não comprometem a revelação da mesma.
- Alteração efetuada a 16/04/2018 -
Após o pedido de remoção da entrevista, realizado pelo entrevistado, decidi eliminar todas as fotografias e nomes relativos à pessoa, deixando as perguntas e respostas que não comprometem a revelação da mesma.
- Alteração efetuada a 16/04/2018 -
Editora: Chiado Editora (Parceria)
Páginas: 333
Ano de Lançamento: 2016
ISBN: 978-989-51-8536-8
Quando entramos no mundo novo que é a Universidade, tudo pode acontecer, para o bem e para o mal ...
Olá, antes de mais as explicações, estou de volta após uma pausa forçada resultado de um final de ano académico cheio de trabalho e de um curso de espanhol intensivo.
Sei que o blog não teve muitas publicações ou temas para falar nestes últimos tempos, mas isso agora vai mudar!
Sei que o blog não teve muitas publicações ou temas para falar nestes últimos tempos, mas isso agora vai mudar!
Quem nunca bailou ao som do mega hit "Despacito"?
Luis Fonsi atua em Portugal nos dias 18 e 19 de julho, no Campo Pequeno e no Pavilhão Multiusos de Gondomar, respetivamente. O preço dos bilhetes varia entre os 32€ ou 35€ para Lisboa e 25€ em Gondomar.
"Despacito" é um sucesso a nível mundial! Foi recentemente eleita a música mais popular na América. No top americano foram apenas três vezes que uma música de língua não inglesa ficou posicionada em primeiro lugar, sendo uma delas o “Despacito”.
Esta música tem também o título de ter ser a mais rápida a ultrapassar a marca de 1,5 mil milhões de visualizações da história do YouTube.
"Despacito" conta também com uma outra versão onde para além de Luis Fonsi e Daddy Yankee a superestrela pop, Justin Bieber, participa. Esta versão atingiu o primeiro lugar do top Spotify Global e ainda o primeiro lugar do top de vendas do iTunes em dezasseis países.
Sendo eu um grande fã e consumidor da música latina não poderia deixar este momento passar em branco aqui no blog. O Luis Fonsi é um dos meus artistas favoritos! Claramente pretendo ir ao concerto, vai ser inesquecível!
E tu, vais ou gostavas de ir?
Está quase a começar o concerto de beneficência de Ariana Grande, após o atentado no seu último concerto em Manchester. A artista tem como convidados especiais Justin Bieber, Coldplay, Katy Perry, Miley Cyrus, Pharrell Williams, Usher, Take That e Niall Horan.
Autor: Mafalda Santiago
Editora: Chiado Editora (Parceria)
Páginas: 169
Ano de Lançamento: 2017
ISBN: 978-989-774-071-8
A primeira parte de uma grande história, onde é possível sonhar e acreditar em príncipes e princesas.
PARABÉNS SALVADOR!
No ano em que se celebra a Diversidade na Eurovision Song Contest, Portugal ganha pela primeira vez o festival com a voz de Salvador Sobral e letra de Luísa Sobral.
Portugal deve orgulhar-se da repercussão que teve por toda a Europa e pela pontuação que teve
Recebemos a seguinte pontuação dos jurados:
12 da Grécia, 8 do Azerbaijão, 12 de São Marino, 12 da Letónia, 12 de Israel, 4 da Albânia, 10 de Malta, 10 da Macedónia, 10 da Dinamarca, 8 da Áustria, 10 da Noruega, 12 da Espanha, 8 da Finlândia, 12 de França, 5 da Grécia, 12 da Lituânia, 8 da Estónia, 7 da Moldávia, 12 da Arménia, 12 da Islândia, 12 da Sérvia, 7 da Austrália, 5 da Itália (senti o medo), 10 da Alemanha, 12 da Suíça, 12 da Holanda, 5 da Irlanda, 12 da Geórgia, 8 do Chipre, 10 da Bielorrússia, 6 da Roménia, 12 da Hungria, 12 da Eslovénia, 8 da Bélgica, 12 da Polónia, 12 do Reino Unido, 7 da Croácia, 12 da República Checa e 10 da Ucrânia.
Ficando assim com 382 pontos, adquirindo o 1º lugar.
No fim obtivemos 758 pontos, juntando a pontuação dos jurados com o televoto, vencendo a Eurovisão 2017.
Obrigado!
José Daniel Camillo, mais conhecido por Daniel, quarenta e oito anos, é um artista de música sertaneja e também ator. Com trinta anos de carreira e mais de quinze discos editados, Daniel é um fenómeno internacional.
Descobre mais sobre ele nestes fragmentos de vidas ...
Diogo Piçarra, vinte e seis anos, natural de Faro, músico português, dono de um coração gigante, simpático, pacífico, ponderado, paciente, ...
Até ao momento lançou dois álbuns, o primeiro em 2015, Espelho, e o último em março de 2017, do=s.
Descobre tudo nesta conversa a do=s, de Diogo para Diogo, onde foram revelados fragmentos da sua História.
Domingo de Páscoa, às 10h, não percam a entrevista do Diogo Piçarra no blog ...
Autor: Cínthia Zagatto
Editora: Chiado Editora (Parceria)
Páginas: 495
Ano de Lançamento: 2016
ISBN: 978-989-51-9612-8
Uma história onde o amor vence tabus e preconceitos. Aqui entramos no mundo das fanfics ...
Mickael Carreira, trinta anos, cantor português que dá cartas pela América Latina, e Sebastian Yatra, vinte e dois anos, cantor colombiano, sucesso nas plataformas de música digitais, estiveram à conversa comigo por causa da parceria para a música "Ya Ya Ya", presente no último álbum do Mickael, Instinto.
Uma conversa descontraída, sem pressões, com muito riso e ainda com direito a queijadas de Sintra ... Conheçam agora fragmentos destas vidas!
Não podem perder uma entrevista em dois idiomas a Sebastian Yatra e Mickael Carreira dia 15 às 13 horas (UTC+0) - Hora de Lisboa, Portugal; 08h da manhã na Colômbia.
Donos de uma simpatia extrema, responderam tranquilamente a todas as perguntas que lhes coloquei e ainda tiveram tempo de provar um doce típico, poderão ver brevemente.
Marcelo Frota, mais conhecido por Momo, trinta e oito anos, músico brasileiro, lançou recentemente o seu quinto álbum intitulado Voá em parceria com a Universal Music Portugal.
Momo escreve e retrata a vida como poucos, transmite uma energia muito positiva que nos deixa serenos. Um viajante do mundo que guarda dentro de si toda uma experiência de vida que merece ser partilhada. Simpático, carismático e com uma grande visão do Mundo, fiquem a conhecer fragmentos desta vida ...
Momo escreve e retrata a vida como poucos, transmite uma energia muito positiva que nos deixa serenos. Um viajante do mundo que guarda dentro de si toda uma experiência de vida que merece ser partilhada. Simpático, carismático e com uma grande visão do Mundo, fiquem a conhecer fragmentos desta vida ...
Não podem perder já amanhã aqui no blog, uma entrevista ao cantor brasileiro Momo. Um viajante do mundo que guarda dentro de si toda uma experiência de vida que merece ser partilhada.
Diogo Mota, vinte e um anos, o autor do blog agora numa versão mais nua. Um ano depois, uma entrevista sincera e sem medos. Um rapaz diferente que se encaixa no mundo à sua maneira e que tem um mundo próprio.
Entrevista realizada por Carolina Moreira
Regressa ao blog o Fragmentos de Vidas para uma nova temporada!
Amanhã às 10h (UTC +0) podem ficar a conhecer mais um pouco sobre mim, porque desta vez, eu sou o primeiro a responder ...
Conhece este conto e lê as partes anteriores em Russian Roulette.
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O dia seguinte
Acordei deitado sobre o peito do Jack que dormia profundamente, nem queria acreditar que aquilo me estava a acontecer, o rapaz por quem estivera atraído durante tanto tempo encontrava-se na minha cama. Coloquei a mão sobre a sua barriga e acariciei os seus abdominais, estávamos apenas de boxers apesar de não ter acontecido nada durante a noite. Acordei-o sem querer, passou a sua mão pelas minhas costas deixando-me arrepiado.
- Bom dia … - Cumprimentou-me com a sua voz rouca matinal e um beijo na cabeça. – Como estás? – Perguntou, enquanto eu me sentava na cama para ficar de frente para ele.
- Olá, estou bem e tu? – Respondi com um sorriso.
- Podia estar melhor! – Não compreendi a resposta e franzi a sobrancelha. Ele entendeu. – Estaria perfeito se me desses um beijo … - Não esperava aquela resposta, mas dei-lhe um beijo demorado.
O meu corpo encostou-se ao dele, rebolámos na cama e acabou em cima de mim, bateram à porta, lembrei-me que o meu pai tinha chegado nessa noite, o Jack saiu e deitou-se ao meu lado tapando-nos. Quando abriu a porta e nos viu na cama esboçou um sorriso e perguntou se queríamos tomar o pequeno-almoço.
- Bom dia pai … O Jack ficou … a … ele está aqui … bem, porque … - Não sabia o que dizer, que explicação dar para estar deitado com o Jack, ainda por cima seminus.
- Eu não te pedi nenhuma explicação! – Disse o meu pai rindo. – Só quero saber se querem comer.
- Bom dia senhor! – Saudou Jack respeitosamente.
- Bom dia rapaz, temos aqui um problema. – Afirmou o meu pai muito sério. O Jack ficou aflito e questionou qual era. – O senhor está no céu, eu sou o Ethan! – Sorriu.
Nesse momento comecei a rir da improbabilidade daquilo estar a acontecer, ambos ficaram a olhar para mim. Confirmei que íamos comer, o meu pai saiu fechando a porta.
Enquanto nos vestíamos disse ao Jack que queria ir ao funeral da Amy, ele não compreendeu o motivo, depois de todo o mal que ela me fizera, como é que eu era capaz de me ir despedir.
Durante o pequeno-almoço contei ao meu pai o que tinha acontecido, ocultando um pormenor ou outro como a tentativa de suicídio, ficou preocupado connosco e só descansou depois de confirmar pela terceira vez se estávamos mesmo bem.
Olhei para as horas, já não faltava muito tempo, o Jack decidiu acompanhar-me, não me deixou ir sozinho, não queria que eu fosse abordado pelo grupo do Frank.
Entrámos no cemitério, lado a lado, tinha comprado uma rosa branca para deixar no caixão, deslocámo-nos até ao local, estavam lá imensas pessoas, o facto da Amy ser popular sempre lhe deu a vantagem de se dar com toda a gente. Entre a audiência encontrava-se o grupo do Frank que nos olhou de lado, mas não disse nada. Deixei a rosa e resolvi vir-me embora, senti que apesar de tudo tinha feito o que era correto.
Resolvemos ir dar uma volta os dois por um jardim, estava estranho, não dizia nada, quando olhei para ele parecia ausente, chamei-o e perguntei o que tinha.
- Não te quero preocupar David! – Disse ele sorrindo.
- Eu preocupo-me contigo. – Respondi. – Se eu gosto de uma pessoa, quero o bem dela.
- Sou apenas uma pessoa? – Questionou sorrindo de lado.
- Existem pessoas e pessoas … mas não fujas ao assunto. Conta-me, por favor. – Pedi.
- A minha família não sabe que sou bissexual, tenho medo da reação deles. – Revelou-me. – Desculpa, não te ter contado isto mais cedo.
- Eu entendo, não te julgo nem vou fugir. – Abracei-o. – Cada um tem o seu tempo!
Depois de uma longa conversa, por iniciativa própria, decidiu ir falar com os pais, eu resolvi esperar por ele num café perto da sua casa para saber as novidades. Enquanto aguardava resolvi ligar ao meu pai a explicar a situação e para saber o que ele achava do Jack, ouvi o que esperava e fiquei feliz quando ele disse que o ajudaria no que pudesse caso fosse necessário.
Passou aproximadamente uma hora e meia quando o vi a aproximar-se com duas malas de viagem, uma mochila e lágrimas na cara, corri para ele.
- O que aconteceu? – Ele largou as coisas e abraçou-me chorando. Nunca o tinha visto assim. – Jack, para por favor. Foi assim tão mau? – Estava a ficar preocupado, indiretamente a culpa era minha.
- Os meus pais expulsaram-me de casa … - Soluçou. – Eles chamaram-me nojento, verme, doente mental e até desejaram a minha morte. – Respirou fundo. - Não esperava que fossem reagir assim.
Depois de o acalmar, disse-lhe para irmos até minha casa para descansar um pouco, ele cedeu. Quando chegámos, o meu pai estava na sala a ver um bailado, colocou em pausa e quis saber o que tinha acontecido, o Jack contou-lhe tudo.
- E tens família com quem ficar, rapaz? – Perguntou o meu pai preocupado.
- Cá não, moram todos no estrangeiro! Mas não acredito que me recebam, os meus pais vão encher-lhes as cabeças. – Constatou Jack tristemente.
- E o que vais fazer agora? – Quis saber o meu pai.
- Tenho algumas poupanças, vou alugar um quarto e arranjar um emprego a full-time. Eu não me quero ir embora! – Afirmou, dando-me a mão.
- Mas e os estudos? A faculdade? – Perguntei preocupado.
- Vou ter de cancelar a inscrição ao curso de Desporto, preciso de trabalhar David. – Disse tristemente.
- Tenho um plano melhor! – Começou o meu pai. – Ficas aqui em nossa casa, vais para a faculdade, pago-te o curso e pronto. – Colmatou a ideia.
- Muito obrigado Ethan, mas eu não posso aceitar toda essa generosidade. – Respondeu Jack agradecido.
- Podes e deves! Eu não me esqueço que foste tu que salvaste o David. – Relembrou o meu pai. – E felizmente tenho muito dinheiro, portanto não me custa nada ajudar-te.
- Fica, por favor. – Pedi.
Após muita insistência lá aceitou a proposta, mas disse que iria arranjar um part-time para contribuir nas despesas, o meu pai torceu o nariz, porém acabou por concordar só para ele ficar lá em casa. Iriamos ficar no mesmo quarto, a sugestão tinha sido do meu pai, não esperava que este tivesse a mente tão aberta, fiquei-lhe eternamente grato.
Depois de todas as coisas resolvidas e arrumadas o meu pai teve de sair, fiquei sozinho em casa com o Jack. Abraçou-me e foi-me beijando o pescoço, o ambiente começou a aquecer, mas ele parou.
- Eu sei que isto está tudo a ir rápido demais, mas eu amo-te, desde o primeiro dia em que te vi, é o chamado amor à primeira vista. – Fiquei envergonhado ao ouvi-lo a declarar-se. – E agora que sei que o sentimento é mútuo tenho uma coisa para te perguntar. – Ele estava nervoso, conhecia bem as suas emoções.
- Estás a passar-me o teu nervosismo, pergunta logo. – Ri-me.
- David, aceitas … queres namorar comigo? – Perguntou olhando-me diretamente nos olhos.
- É claro que sim! – Respondi quase gritando, depois puxei-o para mim e beijei-o.
A seguir pegou-me ao colo, enrolei as pernas na cintura dele, as suas mãos seguravam-me pelo rabo, levou-me para a cama e começou a tirar-me a camisola entre beijos. Pela primeira vez entregamo-nos um nos braços do outro. Naquele momento não fiz sexo, mas sim amor com o meu homem.
Epílogo
Passaram quinze anos desde aquele dia do funeral da Amy e muito aconteceu na minha vida e na das pessoas que me rodeavam.
A Beth depois de ter passado alguns anos na prisão, saiu em liberdade mais cedo por bom comportamento e mudou-se para o estrangeiro. Ironicamente, o Frank morreu com VIH, depois de se assumir gay esteve com vários homens sem usar preservativo, pelo menos foi a informação que se espalhou por aqui. O meu pai, felizmente, encontrou um novo amor e está neste momento num cruzeiro pelo mundo na sua lua-de-mel. Tristemente o Jack nunca mais falou com a família, mas tornou-se um importante futebolista, ganhando vários prémios.
Numa das cerimónias, quando subiu ao palco para agradecer, deixou-me a chorar quando reconheceu publicamente tudo o que eu e o meu pai fizemos por ele.
Eu tornei-me num autor bestseller com oito livros publicados e traduzidos para vários idiomas, mas também fundei uma organização, reconhecida a nível mundial, que apoia todos aqueles que sejam vítimas de preconceito.
Eu e o meu eterno amor continuamos juntos, casados, com casa própria e dois filhos gémeos adotados, o James e o Derek, cada um com a inicial dos nossos nomes.
Hoje sou feliz e vejo que tudo acontece por uma razão, mas no fim o amor vence sempre.
Uma pessoa acaba por se transformar naquilo que vê nos olhos de quem deseja.
ZAFÓN, Carlos Ruiz
FIM
Termina assim este conto. O que acharam?
Conhece este conto e lê as partes anteriores em Russian Roulette.
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Um dia antes
Acordei no meu quarto, não me lembrava como tinha ido ali parar, doía-me a cabeça, a luz incomodava-me os olhos, o corpo estava pesado e para ajudar tinha uma ligeira má disposição. Olhei para o relógio, já passava da hora de almoço, peguei no telemóvel e liguei a internet, recebi duas notificações de mensagem, uma do Jack onde me chamava irresponsável por ter bebido sozinho e outra do monstro, o Frank. “Estarei em tua casa às 16h! Abre a porta e não digas nada a ninguém, senão quem sofre é o Jack, já viste o que lhe aconteceu … Posso fazer pior!”, o medo apoderou-se de mim, faltava uma hora para ele chegar, pensei se dizia alguma coisa ou não ao Jack, optei por não contar, ele não merecia ser chateado com os meus problemas, para além de já não querer saber de mim.
Se fosse para morrer, este seria o momento, estava sozinho, sem nada nem ninguém que se importasse comigo. Levantei-me e fui à casa de banho buscar um comprimido para as dores de cabeça, depois dirigi-me à cozinha onde comi uma fatia de bolo, enchi o copo com água e engoli o analgésico, a seguir fui para o quarto vestir-me.
Desta vez eu seria o bully, se acontecesse alguma coisa ele iria pagar na mesma moeda, o meu plano de vingança passou à ação. Tinha acabado de preparar tudo quando a campainha tocou, olhei para as horas, faltavam vinte minutos, inspirei fundo e fui para a porta, espreitei e vi aquele cabelo loiro, era ele, abri. Estava com umas calças de ganga rasgadas e um polo azul justo, que deixava ver a sua musculatura por baixo, combinava com a cor dos seus olhos.
- Então bicha, com saudades minhas? – Questionou com um sorriso branco e irónico estampado no focinho.
- O que queres de mim? – Perguntei friamente. – Já não chega o que me fizeram naquele dia? – Relembrei tudo, as lágrimas ameaçaram cair.
- Está calado! – Ordenou, as suas mãos tocaram-me no pescoço, estremeci.
- Espera, aqui não, vamos para o meu quarto e … - Fui interrompido.
- Afinal gostaste de receber cinco machos no cu. Eu sabia! – Enquanto ele falava, fui caminhando para o quarto, consciente do que poderia acontecer. Sentei-me na cama, ele entrou.
- Mas o que vieste aqui fazer? – Quis saber, temendo a resposta.
- Não é óbvio? Preciso de descomprimir um bocado e quero enfiar a minha cobra no teu cu! – Fiquei com medo, mas segui com o plano.
- Eu não quero nada contigo, vai-te embora, por favor. – Implorei.
- Já te violei uma vez, portanto só tens duas opções, ou me deixas foder-te a bem ou a mal. Porque vai acontecer! – Ele tinha confessado, era tudo o que precisava.
Fiquei quieto sem me mexer, ele aproximou-se e arrancou-me a roupa, estava totalmente nu, as lágrimas começaram a cair, olhou para mim e mandou-me parar, disse que daquela vez seria prazeroso, pedi para terminar com aquilo mas em vão, senti o seu toque, as suas mãos percorreram-me as pernas, depois subiu até aos mamilos e apertou-mos, despiu-se, a sua barba loira de três dias, parecida com a de Jack, tocou-me no pescoço, senti os seus dentes a morderem-me, aquilo ia deixar marca, no entanto em vez de sentir prazer surgiu nojo, ele era horrível, os seus músculos roçavam no meu corpo, ele tinha um bom físico, isso não podia negar.
- É agora! Se relaxares é mais fácil … - Disse ele colocando-me na posição de frango assado. Foi enfiando lentamente, até o sentir totalmente encostado a mim. – Geme! – ordenou.
Não sentia nada, mas obedeci com medo do que pudesse acontecer, ficámos uns dez minutos até que o pior aconteceu, ouvi a voz do Jack.
- Que merda é esta? – Gritou ele.
- Estamos a divertirmo-nos! Queres juntar-te à festa? – Perguntou o Frank enquanto continuava a penetrar-me.
- És um cabrão David! A fazeres-te de coitado e agora estás aí a ser fudido. – Insultou-me, não consegui dizer nada.
O Frank saiu de dentro de mim, vestiu-se e saiu, ainda me convidou para aparecer na festa que iria dar naquela noite, mas ignorei, enquanto isso o Jack ficava ali a olhar para mim, parecia magoado, não entendia o porquê, ele não sentia nada por mim, vesti-me, sentei-me na cama e mantive o olhar baixo, sem dizer uma única palavra.
- Não me vais dizer nada? – Questionou. Não lhe queria contar a verdade, podia mostrar a mensagem, mas não o iria fazer. – Foda-se David! Diz qualquer merda, explica-me o que aconteceu aqui. – Pediu exaltado.
- Eu … eu … - Comecei a chorar arrependido, arrastei-me até aos seus pés e pedi perdão.
- Não me toques, metes-me nojo! – Afirmou rudemente.
- Desculpa-me, por favor. – Pedi enquanto chorava, tentei tocar-lhe, mas empurrou-me para trás acabando por cair de costas no chão.
- Não me toques, foi um erro ajudar-te! – Não compreendia aquela atitude. – Adeus! – Despediu-se e saiu, batendo com a porta.
Enquanto as lagrimas caiam fui até ao móvel e retirei a máquina que tinha filmado tudo. Agora eu tinha as provas.
O dia
Sem pensar carreguei no gatilho e nada aconteceu novamente, irritado comecei a chorar, restavam apenas quatro alternativas, à terceira seria de vez, travei a respiração, olhei uma última vez para aquele espaço, preparava-me para disparar, quando ele gritou fazendo-me parar.
Olhei diretamente para os seus olhos cinza esverdeados, os meus encheram-se de lágrimas, bati com os joelhos no chão e fiquei quieto a soluçar, aproximou-se de mim lentamente, ajoelhou-se à minha frente e tirou-me a pistola das mãos, depois manteve-se calado a olhar para mim, baixei a cabeça e fitei o chão, não era capaz de o encarar. A sua mão tocou-me no queixo, pediu-me desculpa pela atitude que tinha tido e depois inesperadamente senti os seus lábios nos meus, o beijo que eu desejara por anos estava a acontecer naquele momento tão dramático, não compreendi e afastei-me.
- Jack … o que acabou de acontecer aqui? – Perguntei confuso.
- Somos os dois uns idiotas! Eu adoro-te, pensei que sentias o mesmo, mas depois do que vi ontem já não sei nada … - Admitiu ele. – E ver-te agora aqui com a arma apontada à cabeça pronto a disparar não aguentei.
- Aquilo de ontem não aconteceu porque quis, eu fiz aquilo para te salvar a vida, ele ameaçou-te. – Acabei por revelar tudo.
- Eu … eu … não sei bem o que dizer, empurrei-te, desculpa-me, fui um …- Não queria explicações por isso calei-o com um beijo.
Nesse momento o Frank entrou na sala aplaudindo, enquanto gritava “bravo” e se ria, agora seriamos a chacota da escola, a nossa vida iria transformar-se num inferno. Levantámo-nos e o Jack apontou-lhe a arma à cabeça, o espanto no rosto do Frank foi visível, implorei-lhe para baixar o revólver, mas não me deu ouvidos.
- E agora? - Fez uma pausa. - Quem é que se ri seu monte de merda?
- Achas mesmo que eu acredito que vais disparar contra mim e ser preso? Nunca! – Riu-se.
- Sabes que existem muitas maneiras de morrer socialmente, uma delas é acabar com o teu estatuto superior aqui dentro! – Lembrei eu. Ele continuava com o seu sorriso fingido. – Lembraste do que aconteceu ontem? Tenho uma gravação com tudo registado! - Anunciei eu, a surpresa no rosto de ambos foi imediata.
- Seu cabrãozinho manhoso! – Riu-se friamente o Frank.
- O que é que aconteceu ontem? – A Amy tinha entrado a desfilar nas suas roupas, atrás dela vinha a Beth, que quando me viu olhou para o chão. - Exigo saber! – Quando reparou na arma, assustou-se.
- Se és homem, luta sem armas. – Provocou Frank. O Jack passou-me a arma para as mãos e depois tudo aconteceu muito rápido.
Eles pegaram-se à porrada, não sabia o que fazer, vi o Jack a cuspir sangue, o Frank tinha a testa com um rasgão, estava aflito, de repente a Amy lançou-se para cima de mim e tentou retirar-me a arma que acabou por cair ao chão, tentou ir atrás dela, mas dei um pontapé no revólver que foi parar à outra ponta da sala, a Amy levantou-se e furiosa lançou as unhas à minha cara, puxei-lhe o cabelo, eu que era totalmente pacífico estava a lutar, ainda por cima com uma mulher. Enquanto me tentava desviar das mãos da maluca, prestava alguma atenção ao Jack, nesse momento o tempo parou com o som de um disparo.
A Beth tinha a arma nas mãos, estava a tremer, quando olhei para o Jack para ver se estava ferido, fiquei tranquilo ao vê-lo bem. A Amy caiu com os joelhos no chão, a sua respiração estava pesada, ela é que tinha sido atingida nas costas, o sangue manchava a sua camisola a uma grande velocidade.
- Ela obrigou-me a fazer tudo David! – Confessou Beth ainda em choque. – Desculpa! – Depois virou a arma contra si e disparou, mas nada aconteceu porque esta só tinha uma bala que por sorte ou azar, depende da perspetiva, já tinha sido utilizada.
Começaram-se a aproximar professores, auxiliares, alunos, alguns ainda tentaram ajudar a Amy, mas era tarde demais, não resistiu ao ferimento. Momentos depois surgiu a polícia, que levou a Beth para a esquadra, eu e o Jack tivemos de ir também como testemunhas, no meio da confusão o Frank tinha desaparecido.
Horas depois saímos da polícia, a Beth iria ficar detida até julgamento, íamos em silêncio lado a lado quando senti a sua mão tocar na minha e os dedos a entrelaçarem-se, sorri e continuamos a caminhar até à paragem de autocarro mais próxima.
Recebi uma notificação, desbloqueei o telemóvel e fiquei incrédulo quando vi que era uma mensagem do Frank, “Desculpem todo o mal que vos fiz, sei que nunca terei o vosso perdão e compreendo, mas vou-me embora. Entendo caso queiras mostrar a gravação à polícia. Só te garanto que irei partir para sempre. Adeus”, mostrei-a ao Jack que me olhou nos olhos e beijou apaixonado.
- Sabes uma coisa David? – Perguntou ele olhando para o céu.
- Sei algumas sim. – Ri-me. – Agora depende do que queiras …
- Sabes que te amo? – Questionou criando uma ligação entre os nossos olhos. Sorri e retribui com um beijo.
O que acharam da reviravolta? O que irá acontecer na próxima e última parte?
Acertaram em cheio desta vez! Parece que ouviram as críticas dos fãs, o filme está muito melhor produzido que o primeiro.
Esta mulher é absolutamente incrível e surpreendente!
Gabo-lhe a coragem para se atirar assim de cabeça do topo do estádio para o meio do palco. Cantou e encantou quase toda a gente.
O repertório musical foi composto por Poker Face, Born This Way, Telephone, Just Dance, Million Reasons e Bad Romance.
A forma como ela falou aos pais foi com muito ternura, gostei, assim como quando ela abraçou a rapariga que estava fantasiada dela. Assim se vê o valor de uma artista que tem amor com os seus Little Monsters (fãs) e a sua qualidade vocal que faz um espetáculo sem recurso ao playback.
O público é sensacional, adorava estar ali no meio, o efeito que fizeram com as lanternas enquanto dançavam ao som das músicas, principalmente da Bad Romance, deixou-me sem palavras, aquilo é vibrar.
E um último comentário ao facto da utilização dos drones, estão de parabéns ainda para mais quando se percebe que cada luz equivale a um e que eles fazem a bandeira dos Estados Unidos da América ou o logo da pepsi de uma forma brilhante, muito bom.
Gostaram da performance?
Conhece este conto e lê as partes anteriores em Russian Roulette.
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Três dias antes
Passei o dia anterior num dilema entre ligar ou não ao Jack, optei por não o fazer, ele também não me disse nada, não queria acreditar que tudo não passara de uma brilhante manipulação, ele era igual ou pior que o Frank, chorei muito.
Estava sentado na minha cama, com as pernas cruzadas, a pensar em tudo o que me acontecera nestes últimos dias, tinha chegado à conclusão que se o Frank e os amigos me fizeram aquilo é porque eu tinha merecido, era um falhado, um lixo, um monte de merda que só merecia sofrer.
Estava sozinho, sem amigos, seria a vergonha do meu pai caso soubessem que eu gostava de rapazes, era a primeira vez que me sentia realmente perdido, não fazia sentido continuar por aqui, não faria falta a ninguém, então tomei uma decisão.
Levantei-me, fui até à secretária, peguei numa folha e escrevi uma carta de despedida ao meu pai, “Olá papá, lembras-te quando te chamava assim? Desculpa não ter aguentado, não ter sido um orgulho para ti, fui a vergonha desta família, a mãe morreu e tu foste o meu pilar durante todo este tempo, sei que não foi fácil para ti aguentar, mas ficaste sempre de cabeça erguida ao meu lado, eu sim tenho orgulho em ti. Por favor sê forte, pensa que agora estou finalmente em paz, agora estou em descanso. E por favor desculpa-me. Estarei sempre aqui a olhar por ti. És um grande homem, nunca te esqueças disso. Não procures vinganças ou ajustes de contas, a vida é assim, o meu destino já estava traçado. Obrigado por tudo, agora vou ter com a mãe, prometo que ficaremos os dois lá em cima a olhar por ti. Perdoa-me, por favor … Um beijinho.”, dobrei a folha e fui colocá-la em cima da cama do meu pai.
Deambulei pela casa despedindo-me e recordando tudo o que ali vivera, os natais ainda com a minha mãe, as festas de aniversário, as partidas e chegadas das viagens, as lágrimas ameaçavam cair novamente.
Por morar num prédio a minha fuga para a morte seria atirar-me pela janela, abri-a, o vento bateu-me no rosto, olhei para baixo, não tinha vertigens, mas ao lembrar-me o que ia fazer fez o meu coração bater mais rápido, eram cinco andares, não sabia se iria doer ou não, mas a dor era algo que eu já estava habituado. Coloquei um pé no parapeito e quando me ia içar a campainha tocou insistentemente, assustei-me, voltei atrás e fechei a janela, quando abri a porta vi-a ali, era a Beth. Estava confuso, de repente ela empurra-me para dentro e beija-me, deixei-me levar apesar de não sentir nada.
Arrancou-me a camisola, tocou-me na barriga, eu percorria as mãos pelo seu corpo, puxei-lhe também a camisola de alças, mordeu-me o pescoço, arrepiei-me, ela afastou-se e perguntou-me onde era o meu quarto, apontei e ela voltou-me a beijar, apesar de não sentir nada, não a parei, agarrou-me e empurrou-me até ao quarto, abri a porta entre alguns amassos, caímos sobre a cama, rebolámos e ela ficou por cima de mim, olhei-a nos olhos, mordeu o lábio, devia sentir alguma tesão mas nada, levou as mãos até às minhas calças e puxou-as, estava apenas de boxers, deu-me outro beijo enquanto eu pensava no que fazer a seguir, achei que lhe devia tirar o soutien, apesar de não sentir qualquer atração não podia negar que era uma rapariga bonita.
Depois de acontecer aquilo que todos os jovens querem nesta idade, uma foda, ficámos deitados lado a lado, sentia-me um cabrão por a estar a usar, no entanto deixei-me ficar, ela sorria com os olhos, quando olhou para o relógio que tenho na mesa de cabeceira, levantou-se rapidamente, estava atrasada para algo, vestiu-se, beijou-me novamente e saiu.
Tinha acabado de estar pela primeira vez com uma rapariga, já não era virgem, vários pensamentos ocupavam-me a cabeça, de repente surgiu o Jack, aquela pessoa que eu verdadeiramente desejava, mas não podia ter, o rapaz que me tinha usado e ferido muito mais que todos os outros. Antes te partir ainda tinha assuntos para esclarecer, vesti-me, fui ao quarto do meu pai buscar a carta e depois guardei-a.
Estava a lanchar, na sala, quando recebi uma chamada do meu pai para saber como estava e se precisava de alguma coisa, quando lhe disse que não, revelou-me que tinha de fazer uma viagem urgente e que ficaria fora três dias, desejei-lhe boa viagem, prometeu que ficaria em contacto, mas que ainda passaria por casa para se despedir e arranjar a mala.
Eram onze da noite, o meu pai já se tinha ido embora, quando a campainha tocou, não havia ninguém lá em baixo, espreitei pela porta e imediatamente reconheci aquele cabelo ruivo, era o Jack. Ponderei se abria ou não a porta, a emoção falou mais alto que a razão.
Abri a porta, ele levantou a cabeça e eu fiquei em choque com o que vi, a sua cara estava coberta de sangue, tinha alguns golpes nos braços, no pescoço havia uma pequena cicatriz que agoniava, ele estava quase a desmaiar, aproximei-me dele e levei-o para o meu quarto, ele precisava de ajuda.
Dois dias antes
Acordei com o toque da campainha, estava deitado na minha cama com o Jack, não tinha acontecido nada, simplesmente me deixara dormir, levantei-me e fui abrir, era a Beth, não a deixei entrar, disse que estava ocupado e que ia sair, ela deu-me um beijo e saiu, não queria falar com ela naquele momento.
Quando me virei vi o Jack a olhar para mim, apesar dos curativos que lhe tinha feito na noite passada via-se que estava magoado.
- Que merda é que acabou de acontecer aqui? – Perguntou exaltado.
- Han? – Perguntei confuso. – Como assim? – Não estava a entender.
- Tu e a Beth deram um beijo! – Disse ele friamente. – Posso estar ferido, mas não estou cego? – Não estava a compreender a reação dele.
Aquilo tinha chegado ao limite - Sim e depois o que tens a ver com isso? – Questionei aos berros. – Tu também só me ajudaste porque estavas feito com o Frank! – Disse irritado. Ele calou-se e ficou a olhar para mim. – A Beth disse-me que vos viu aos dois a rir no bar e que estão a organizar uma festa.
- Eu bem suspeitava que essa puta andava a fazer das suas! Ela é a cadela da Amy, faz tudo o que esta lhe pede. – Respondeu enervado. Fiquei em silêncio, não sabia o que dizer. – Mas … sabes o que me magoa? Depois de tudo o que fiz por ti, duvidares de mim. – Estava ofendido. – Sabes porque estou neste estado? – Perguntou encarando-me nos olhos, ia responder, mas ele continuou. – Porque te defendi, porque não deixei que partilhassem o vídeo. Não esperava que duvidasses de mim! – Fiquei envergonhado e arrependido de tudo o que tinha pensado, ele tinha sido a minha salvação.
- Tens razão ... – Olhei para o chão. – Desculpa-me! – Pedi sinceramente.
- Obrigado por me teres ajudado ontem, agora vou-me embora! – Afirmou friamente.
- Fica, por favor! – Implorei. – Eu sou um idiota.
Virou-me as costas e foi ao quarto buscar o casaco, corri atrás dele pedindo-lhe para ficar, abriu a porta da rua, antes dele partir ainda lhe disse que estava a gostar muito da sua companhia, que sempre sentira um interesse por ele. Os seus olhos fixaram-se nos meus.
- Agora é tarde! – Voltou-me as costas e fechou a porta.
Caí no chão a chorar, perdi-me em várias interpretações daquela resposta, fiquei assim o dia inteiro encostado à porta a chorar, não tinha comido nada, precisava de espairecer, não aguentava ficar naquela casa mais tempo, tinha de sair, esquecer. Fui para o quarto, peguei no meu casaco de cabedal, estava todo de preto, depois saí.
Tinha anoitecido, estava frio, a pé dirigi-me para um restaurante de comida rápida, pedi um menu médio e jantei numa das mesas, sozinho, era o único sem companhia naquele espaço, aquele ambiente estava-me a sufocar.
Saí e fui a pé para uma discoteca gay, ali ia curtir a noite sem olhares discriminatórios, entrei e fui logo para o bar, pedi a bebida mais forte que tinham, não perguntei o que era, mas repeti mais duas vezes. Eu que não estava habituado a beber, já estava a sentir os efeitos no meu corpo, as músicas das divas da pop tocavam em alto e bom som, fui passando até chegar ao meio da pista e dançar como se não houvesse amanhã, senti algumas mãos a tocarem-me, não me importei, estavam a olhar para mim, fechei os olhos e abanei ainda mais o corpo.
A música mudou e voltei ao bar para beber mais alguma coisa forte, o empregado sorriu-me, eu retribui, deu-me a bebida e piscou-me o olho, depois disse-me alguma coisa que não percebi e debrucei-me sobre o balcão para o ouvir, ele encostou-me a boca ao ouvido, senti a sua respiração, arrepiei-me.
- És um gato! – Depois mordeu-me o lóbulo da orelha. Agradeci e voltei para a pista.
A música estava muito boa, fiquei lá um bom bocado, não me lembro de muito, tive de ir à casa de banho, precisava de mijar. Estava a lavar as mãos quando senti umas mãos agarrem-me a barriga e uns lábios percorrem-me o pescoço, senti o seu pénis pressionando-me, eu faria tudo naquela noite.
Nesse momento uma terceira pessoa apareceu, puxou o homem que me tocava.
- Ele está comigo. Arranja outro! – Os meus olhos estavam quase fechados, mas parecia-me o Jack, não conseguia perceber.
Algum momento inesperado? O que irá acontecer na próxima parte?