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Marco Rodrigues em Concerto no Capitólio


Marco Rodrigues, atuou dia 06 de abril no Capitólio, em Lisboa e deu um grande espetáculo para uma sala esgotada.
Foi a primeira vez que fui a um concerto de fado e achei absolutamente incrível o diálogo entre o artista e o público. Só a entrada foi inesperada ao surgir do meio da plateia e não no palco, cantando sem microfone ou apoio musical, a sua voz era a única coisa que ecoava pela sala, brilhante.
Achei interessante também o facto do público ter uma idade variada, eram jovens, adultos e idosos a cantarem a mesma música e a aplaudir para uma só voz.
Aconselho vivamente a todos, quer gostem de fado ou não, a irem a um concerto do Marco. Garanto que saem de lá com um sorriso nos lábios.
Podem ver as imagens com mais definição selecionando-as.




OS CONVIDADOS
Esta noite no Capitólio foi um desfilar de talento. Tivemos em palco o Diogo Piçarra a cantar com o Marco duas músicas, "Tempo" e "Volta", foi absolutamente mágico e um momento muito especial cantado a mais de duas vozes, foram músicas entoadas por uma sala esgotada.
A atriz Sofia Ribeiro acabou por subir também a palco, mais tarde, chamada por Marco que a surpreendeu no momento e teve muita graça. Numa pequena conversa antes da música começar, Sofia disse "Sabem que eu não sou cantora.", ao que o Marco respondeu "Acho que aqui todos sabem quem és (rindo-se)", provocando gargalhadas também na plateia.
Por fim, a noite terminou numa desgarrada dirigida pelo Marco e pela Raquel Tavares que chamaram vários amigos e colegas a palco, como podem ver nas fotografias.
Todos estes momentos foram muito aplaudidos.




A CONVERSA
Alguns dias após o concerto, voltei a conversar com o Marco e fiz-lhe algumas perguntas. Fiquei a saber que o concerto correu como esperava, mas que "grande parte das expetativas que tinha foram superadas, principalmente o final que foi surpreendente, mais do que um fado tradicional". Para o Marco este "é um disco que trouxe liberdade e temas novos, com dinamismos diferentes do fado tradicional", para ele "foi uma noite especial".
Sobre chamar a Sofia Ribeiro a palco para juntos cantarem "O Tempo", Marco "estava ciente, ela não." e afirma, "Não resisti em chamá-la.". 
Relativamente ao facto de existir muita gente jovem no seu concerto, Marco acredita ser por este disco ter uma "abordagem diferente, logo um novo público, também o facto de estar na novela". Para ele, o fado é como o vinho, aprende-se a gostar porque "os temas tradicionais são vinhos em reserva".
Questionado sobre a decoração do palco, Marco ri-se e afirma ser pioneiro na ideia de ter um cenário móvel e fácil de transportar em todos os concertos. E ainda afirma que quando olha-mos podemos ver a letra "M", mas gosta da dúvida que deixa ao público que se interroga o que são aquelas redes.
E por ter dois concertos completamente esgotados, sente-se "muito orgulhoso por todos, é uma sala cheia." E antes da conversa terminar ainda revelou que para o concerto na Casa da Música terá outra vez como convidados o Diogo Piçarra e o Tiago Machado.



Agradeço à Universal Music Portugal e ao Marco pela oportunidade de estar presente neste concerto e testemunhar tudo o que aconteceu.

Diogo Pereira Mota

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