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Portugal, Lisboa: Alfama e Mouraria


Confesso que nunca tinha visitado Alfama, o bairro mais antigo de Lisboa, ou a Moraria, zona de permanência muçulmana após a Reconquista Cristã. Era um pecado, ainda para mais sendo eu um puro alfacinha.
Alfama, durante o domínio muçulmano teve separada entre a Alfama do Alto, para as famílias mais abastadas, a aristocracia, e a Alfama do Mar, para a ralé, o povo.
Foi na Mouraria que teve origem a Arte Modéjar em Portugal, que por sua vez deu origem ao Manuelino.


Aspeto Positivo: Conhecer o coração de Lisboa
Aspeto Negativo: Pouca movimentação
Preço - 1 Adulto: Grátis
Tempo da minha visita: 5 Horas
Avaliação:



Cheguei de comboio ao Rossio e depois fui sempre a pé, não é necessário gastar dinheiro em transportes, pode parecer longe ou demorar algum tempo quando se vê no mapa, mas neste caso as aparências enganam, é tudo perto.


Não fiz nenhum roteiro, nem planeei por onde ir, foi literalmente partir à aventura por uma rua aleatória e descobrir o que surgia. Foi uma agradável surpresa tudo o que observei.


O ponto menos positivo da visita foi a pouca movimentação, confesso que esperava bairros cheios de vida, cheios de gente à conversa a cada esquina. Talvez se deva ao facto de ser uma tarde de dia de semana, mas estava tudo muito vazio. Em certa medida é bom porque dá para ver com mais detalhe mas ...


Eu que não sou de ouvir fados encontrava-me a passear nas ruas e a trautear mentalmente a Cuca Roseta e a Raquel Tavares, porque vazias ou cheias, aquelas ruas contam histórias e têm energia.


Fiquei boquiaberto com a imponência da Sé de Lisboa, não tenho nenhuma religião mas não é por isso que nego a beleza inerente ao edifício, talvez seja a veia de Historiador de Arte.


E a arte urbana? Incrível! Espalhada um pouco pelos bairros, feitos por verdadeiros artistas. Quando me refiro a este tipo de arte é como o exemplo acima do fado vadio, não é aqueles gatafunhos de palavras em letras trabalhadas.


A tarde terminou no Terreiro do Paço com o por do sol incrível que podem ver na fotografia. Lisboa é mágica, é um reviver de séculos em horas.

O que acham de Alfama e da Mouraria?

Diogo Pereira Mota

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